A Esteatose é uma perturbação no metabolismo dos lípidos. Por acumulação excessiva de triglicéridos no organismo, há um aumento dos lípidos intracelulares vacuolizados.
Varia com a causa e a quantidade, sendo geralmente reversível, excepto em casos onde há a interferência do tetracloreto de carbono ou outros tóxicos.
Na sua forma mais ligeira não tem efeito na função celular, mas quando é mais acentuado pode alterá-la.
Causas:
- Mobilização (fome / gravidez) ou ingestão excessiva de triglicéridos
- Falta de proteínas (problemas metabólicos ou da dieta do indivíduo) que leva à não criação de lipoproteínas
- Deficiente oxidação de ácidos gordos
- Genética, ausência ou défice de enzimas que degradam o glicogénio
Patologia:
A oxidação de ácidos gordos no fígado não consegue acompanhar a sua entrada em quantidades excessivas, o que leva à redução da síntese de apoproteínas (a parte proteica, conjugada, das lipoproteínas), comprometendo assim a formação e secreção de lipoproteínas no fígado.
Microscopicamente:
Células que se assemelham a adipócitos, com vacúolos (confluentes ou não) e núcleo em posição periférica (ao contrário do que se verifica na degenerescência).
- Fígado – perilobular ou centrolobular
- Rim – nas células epiteliais dos tubos renais, típico em gatos
- Coração – nos miócitos, pode levar a anemias graves
Imagem 1: Esteatose no fígado visualizada microscopicamente (Fonte: http://jcp.bmj.com) |
Macroscopicamente:
- Fígado – maior volume, mais claro / amarelado, menor peso, bordos arredondados, friável e untuoso
- Rim – pálido, com estrias esbranquiçadas / brilhantes
- Coração – não há alterações muito visíveis, no entanto podem-se encontrar estrias esbranquiçadas.
Imagem 2: Fígado do centro com Esteatose (fonte: http://w3.vet.cornell.edu). |
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