terça-feira, 19 de outubro de 2010

Esclerose / Fibrose

A fibrose deve-se à presença de fibroblastos com a produção, principalmente, de colagénio, levando ao endurecimento de um tecido/órgão.
Pode alterar ou manter a função da área afectada.


  • sistematizada
Respeita a organização dos tecidos, ocupando a zona ocupada já previamente por tecido fibroso.
Ex.: No fígado, pode ocorrer que o tecido conjuntivo fibroso se acumule nos espaços interlobulares, formando linha esbranquiçadas a delimitá-los.
  • mutilante
É a mais frequente. Mais facilmente altera a função do órgão/tecido, uma vez que se deposita desorganizadamente. A sua forma e o seu tamanho variam consoante a lesão que ocorreu.



Microscopicamente
Feixes densos de colagénio e fibroblastos em número variável.
Macroscopicamente
Zona lisa, brilhante, clara e firme.



Quanto à causa, pode ser:

- Esclerose pós-inflamatória ou pós-necrótica - a mais frequente.
- Esclerose distrófica - secundárias a um processo geral ou acompanhando e acentuando a arquitectura existente.


A esclerose, de acordo com a idade, é classificada em:
Recente, com muitos fibroblastos, células em geral (como as inflamatórias) e líquido, sendo pobre em colagénio, mole, e podendo ser reversível (uma vez que as células podem ainda diminuir a sua actividade)
Antiga, pobre em células e líquido, e rica em colagénio, estável, irreversível


Patogenia
Geralmente são pós-inflamatórias e actuam na reparação tecidular.
Podem também não se dever a qualquer inflamação (Ex.: isquémias, enfartes, agentes tóxicos, ...). Um exemplo é a esclerose sistémica progressiva. Nesta, verifica-se a deposição de colagénio em diversos tecidos e órgãos.
Quando ocorre um processo inflamatório agudo, pode haver a acumulação e adesão de colagénio, que permanece lá. Isto origina uma pericardite fibrosa, que pode ser grave ou não, dependendo da localização em que se encontra (no coração, pulmões, intestino, .. podem comprometer o normal funcionamento dor órgãos).
Imagem 1: Fibrose observada ao microscópio (Fonte: http://w3.vet.cornell.edu)

Imagem 2: Fibrose observada macroscopicamente (Fonte: http://w3.vet.cornell.edu)

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